Esquina de Minas (é aqui em Sampa!)

Esta dica Chegou pela Iara Fernandes, amiga da gente lá do sertão de Minas. E do lado de cá, agradecemos de um tanto!

ESQUINA DE MINAS
será um evento neste domingo dia 1º de junho, das 10h às 20:30, na rua Minas Gerais, Higienópolis, São Paulo.

Programação
10 h – Abertura com a Orquestra de Violeiros de Poços de Caldas
15 h – Vamos contar histórias mineiras, com Alexandre Saad
16 h – Rodrigo Viana e o Som das Gerais
17 h – Show Cheiro de Mato com Alexandre Saad e Banda
18 h - Contação de causos
19 h - Cadu de Andrade
20h30 – Encerramento

Nossa Amiga Iara recomenda, bem recomendadíssimo, o Show Cheiro de Mato, com Alexandre Saad e Banda. Saad conta causos às 15h e faz apresentação musical às 17h. Imperdível.

O Show Cheiro de Mato, com Alexandre Saad e Banda, que integra as atrações do ESQUINA DE MINAS, dia 1º de junho, em São Paulo, é um evento de divulgação da música produzida e cultivada no interior do Brasil, precisamente no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. Buscando mostrar a "mineirice e mineiridade" da região Triangulina, sem esquecer a influência das demais culturas brasileiras, o show mostra a música caipira assumindo uma identidade peculiar dentro da cultura mineira. Entre prosas, causos e muita viola, intercaladas com músicas conhecidas do universo caipira brasileiro, Alexandre Saad apresentas composições próprias, que já fazem parte do cancioneiro de diversas regiões do interior do Brasil. O show mostra influências de Cornélio Pires, Rolando Boldrin, Almir Sater, Paulo Simões, Renato Teixeira. Alexandre Saad (violeiro, cantor, compositor e apresentador de televisão) vem acompanhado de cinco músicos, com violão, baixo, viola, acordeon e bateria.

O Show "Cheiro de Mato"
No início do século passado, quando se redescobriu a cultura caipira do interior do Brasil, com influências do imaginário popular e características folclóricas próprias, inicialmente reunidas pelo trabalho pioneiro de Cornélio Pires, o cancioneiro brasileiro se enriqueceu com canções que mesclavam as cultura dos três povos que formaram a cultura brasileira, o branco, o índio e o negro. No contato com a viola, que se acredita ser descendente da viola Braguesa, trazida pelos portugueses, nasceu o embrião da música caipira que hoje se conhece. Embora não tenha sido aceitas pela sociedade da época, que seguia as influências das metrópoles européias, hoje goza de grande aceitação popular. Com o propósito de perpetuar esse estilo musical de singeleza e poesia, dando seqüência à divulgação dessa cultura, Alexandre Saad apresenta o show Cheiro de Mato, fiel aos pioneiros da canção caipira. Intercalando a participação de alguns personagens do imaginário caipira, a apresentação traz ao público show com causos, moda de viola e diversão, através do contato com uma das culturas mais simples, acessíveis e populares da cultura brasileira, a caipira.

O evento ESQUINAS DO BRASIL traz Minas Gerais à cidade de São Paulo
Resultado da união de ONGs, empresas privadas e o poder público, o projeto Esquinas do Brasil trará ao público paulista, no dia 1º de junho, domingo, das 10h00 às 20h30, na rua Minas Gerais, em Higienópolis,SP, a rica cultura do estado mineiro. Dirce Abreu, mineira radicada em São Paulo e idealizadora do projeto, ao conhecer o bairro de Higienópolis, cujas ruas levam os nomes dos estados brasileiros, não titubeou: "Nesta fantástica cidade temos o Brasil inteiro retratado, então por que não trazer, na prática, um pouquinho de cada região do país"?

"A proposta tem grande valor, pois além de agregar os três setores produtivos da sociedade brasileira, contribuirá com a integração das comunidades do centro de São Paulo, intensificando a confraternização e promovendo o intercâmbio com outras regiões. Essa é uma iniciativa inestimável para a cidade de São Paulo, comenta o empresário Fuad Sallum, presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Bairro de Higienópolis"

Durante todo o evento haverá música mecânica apresentando clássicos da música mineira.

Atrações de Esquina de Minas

* Tendas com artesanato, culinária e produtos mineiros diversos. Serão expostos trabalhos de artistas, artesãos e produtores de todas as regiões do Estado de Minas Gerais, Artesanato do Vale do Mucuri, Norte de Minas, Nordeste de Minas, Sul de Minas.

* Varal de poesias: versos de Carlos Drumond de Andrade, Guimarães Rosa, Tomás Antônio Gonzaga, entre os novos mineiros Nárcio Rodrigues, Chico Marcos, Guido Bilharinho, Zé Maria Madureira, entre outros.

Orquestra de Violeiros Paisagem do Sertão de Poços de Caldas
A Orquestra de Violeiros Paisagem do Sertão de Poços de Caldas tem dez músicos entre violeiros, violonistas e cantores. Seu repertório inclui a música sertaneja de raiz, com composições consagradas do cancioneiro regional mineiro, mantendo a cultura e a tradição da verdadeira música mineira brasileira. Fundada em janeiro de 2002, a Orquestra de Violeiros Paisagem do Sertão de Poços é presença tradicional em grande parte das festas típicas mineiras, tendo se apresentado em centenas de eventos como a Festa UAI, Festa de São Benedito, Festa do Milho, em Poços de Caldas, Festival Nacional de Cultura, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Presença assídua no Programa Viola, Minha Viola, de Inezita Barroso, na TV Cultura SP, TV Aparecida, TV Mundial, TV Poços, TV Plan, além de participações em diversas emissoras de rádio, teatros e festejos diversos em Minas Gerais e São Paulo. Semanalmente, a orquestra se apresenta em praças públicas e eventos organizados pela Prefeitura de Poços de Caldas. Seu repertório foi gravado em CD e prepara outro CD e DVD, que serão lançados ainda neste ano.

Show "Canção Brasileira"
O cantor e compositor mineiro Cadu de Andrade vai apresentar no Projeto "Esquinas de Minas". O artista faz uma homenagem à música brasileira, reverenciando a qualidade da produção contemporânea. De Cazuza a Zélia Duncan, Cadu abre espaço também para as obras de Maysa, Ary Barroso e Tom Jobim, além de canções inéditas de sua autoria. O show tem a direção geral do paulista José Sebastião Maria de Souza. Acompanhado por uma banda com quatro músicos, todos mineiros, Cadu mostra suas influências musicais, que vão do rock à MPB. O figurino é tratado como um cenário vivo que interage diretamente com a tela cenográfica criada para o espetáculo, que remete às tradicionais festas do interior. As camisas dos músicos lembram as bandeiras que tremulam ao vento nas noites de luar ao som de violeiros. Com atenção especial ao repertório mineiro, o show traz canções de Milton Nascimento, e de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Quem assina a cenografia é o artista plástico Evandro Tadeu, e o figurino tem a assessoria conceitual do alfaiate Marcelo Blade.

Repertório
1. Oh, Minas Gerais (overture)
2. Lá Vou Eu (Rita Lee)
3. Demais (Tom Jobim)
4. O Escuro do Sol (Cadu de Andrade)
5. Mamãe Coragem (Caetano Veloso)
6. Não Tem Volta/Tempestade (Zélia D./Oyens)
7. Eu Queria Ter Uma Bomba (Frejat/Cazuza)
8. Quero Lembrar (Cadu de Andrade)
9. Negue (Adelino Moreira)
10. Fotografia (Tom Jobim)
11. Canções e Momentos (Milton Nascimento)
12. Ilusão à toa/Duas Contas (Jonnhy Alf e Garoto)
13. Rancho Fundo (Ary Barroso)
14. Sobre Nós (Cadu de Andrade)
15. O Quereres (Caetano Veloso)
16. O Sal da Terra (Beto Guedes/Ronaldo Bastos)

Sobre Cadu de Andrade
Brasileiro de Minas Gerais, um artista que mistura emoção e técnica de forma peculiar no cenário musical. A estréia fonográfica veio com o CD "Holofotes" (Empowerment), em 1996. Com direção conceitual de Ezequiel Neves, o disco teve a privilegiada participação de Jane Duboc, com voz e canção, e também músicas inéditas de Daniel Jobim e Dudu Falcão, além do repertório do próprio cantor. O álbum rendeu elogios de alguns artistas brasileiros como João Bosco, Leila Pinheiro e Nana Caymmi, tendo sido indicado ao Prêmio Sharp. O segundo CD foi uma escolha absolutamente emocional do artista. Apaixonado pela obra do grande "moleque"da MPB, Cadu homenageou Luiz Gonzaga Jr. "Comportamento Geral" (1998 Independente - 2004 Asa Discos/Tratore) trouxe as canções de Gonzaguinha com arranjos do maestro Geraldo Vianna, com quem também trabalhou no seu primeiro álbum. Em depoimento especial, a cantora Maria Bethânia cita o disco como "um grande trabalho de Cadu, que reverenciou Gonzaguinha sem usar sua obra para se promover". Em 2000, Cadu de Andrade iniciou temporada de shows com o espetáculo que escreveu para cantar as trilhas de cinema nacional e internacional. Com ele, Cadu excursionou pelo país por três anos, e foi convidado pela curadora do projeto de cinema brasileiro na China para gravar um disco com as canções do cinema nacional. "Cine Brasil" foi oferecido aos cineastas e artistas na noite brasileira do Festival de Cinema de Shangai de 2005. Disco ainda inédito no Brasil. O mais recente trabalho do artista é o CD intitulado "Não me acendo só" (2005 - Asa Discos/Tratore). Com 12 canções inéditas de sua autoria, Cadu mergulhou num projeto ousado. Um álbum totalmente autoral. E a confissão do desejo máximo de qualquer artista deu título e conceito ao CD: "é fundamental a comunhão entre o artista e seu público para que qualquer coisa aconteça. Não me acendo só", revela Cadu. Em 2007 Cadu excursionou com o show "Não me acendo só" por Portugal, com 85 apresentações ao vivo, emplacando duas músicas em playlist na mais importante emissora de rádio do Porto. Para 2008, a gravadora Movieplay prepara o lançamento do cd "Cine Brasil".

Sobre Rodrigo Vianna
O cantor, compositor e violonista, Rodrigo Vianna, nasceu em Belo Horizonte. Seu contato com a música vem desde a infância, tendo sido influenciado pelos renomados mestres da MPB como Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Djavan. Em 1992, Rodrigo Vianna escolheu a capital paulista para ser sua nova moradia, residindo em São Paulo até hoje. Além das músicas de intérprete, apresenta composições de sua autoria, que se caracterizam por um swing mesclado, embalado por sua voz suave.

Sobre Higienópolis, um dos mais bairros mais antigos de São Paulo
Bairro situado na região central da capital paulista, Higienópolis começou no século XIV, quando a sesmaria do Pacaembu foi doada aos jesuítas por Martim Afonso de Souza. Seu pleno desenvolvimento, no entanto, teve início no fim do século XIX, quando os bairros centrais da cidade começaram a receber as populações advindas do desenvolvimento da cafeicultura. Em Higienópolis, particularmente, instalaram-se famílias abastadas, da burguesia da época que, além de agricultores e estrageiros, eram comerciantes, industriais e profissionais liberais. Os primeiros estabelecimentos comerciais de luxo da cidade como lojas, livrarias, hotéis e casas de importação, foram instalados nesse bairro. No início do séc XX, Higienópolis era considerado um dos bairros mais aprazíveis da cidade,cuja visita dos turistas era quase obrigatória. O bairro recebeu edificações dos mais variados estilos, retratando o ecletismo vigente dos trabalhos dos mais renomados arquitetos em atividade na cidade. Na segunda metade do século XX, com o impulso industrial do governo de Juscelino Kubistcheck, que promoveu a instalação da indústria automobilística em São Paulo, o parque industrial paulista constituía excelente mercado de trabalho, atraindo imigrantes em massa, especialmente do Nordeste e de Minas Gerais – conforme a historiadora Maria Cecília Naclério Homem. Nesse período, acentuou-se a verticalização do bairro, quando os casarões deram lugar aos elegantes espigões que hoje integram a paisagem de Higienópolis. Atualmente, o bairro tem perfil residencial, caracterizado por uma população de rendas média-alta e alta, sendo também conhecido pela presença de relevantes instituições culturais. Higienópolis hoje abriga uma expressiva colônia judaica, talvez superando em população o antigo reduto judeu paulistano do Bom Retiro. Tornou-se um ponto de destaque na cidade como um "mostruário" de exemplares diversos da arquitetura moderna. Seu nome, segundo o cronista Ari Veiga Sanhudo, vem do grego Higia que, na mitologia, é consagrada como fada da higiene.

Sobre o Estado de Minas Gerais
Minas Gerais é o segundo estado mais populoso do país, com 19,4 milhões de habitantes, segundo estimativas da Fundação João Pinheiro (2006). Uma das 27 unidades federativas do Brasil, é a quarta maior em extensão territorial (586.528 km²), e o terceiro estado mais rico do país, superado apenas por São Paulo e Rio de Janeiro – muito embora em um importante indicador de capacidade econômica, a arrecadação de ICMS, Minas tenha superado o Rio de Janeiro na classificação nacional. Muito importantes também sob o aspecto histórico, as cidades mineiras erguidas durante o ciclo do ouro no século XVIII consolidaram a colonização do interior do país. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira, a Revolução de 1930 e o Golpe Militar de 1964 foram arquitetados em Minas Gerais.

Sobre a Cultura Mineira
A miscigenação entre indígenas, africanos e portugueses deixou marcas na cultura mineira, influenciando as artes, a culinária e o folclore. Um dos mais importantes acervos artísticos e arquitetônicos do Brasil colonial está abrigado nas cidades mineiras, destacando-se Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Congonhas, Tiradentes, Sabará e São João del Rei. O arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, é o nome mais importante do barroco mineiro, com obras em diversas cidades da região do ouro. Também no século XVIII, o pintor Manuel da Costa Ataíde destacou-se pela ornamentação em estilo rococó de forros das igrejas da região do ouro. Sua obra mais importante é a pintura em perspectiva Glorificação da Virgem, na igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto.

Sobre a Literatura Mineira
A literatura floresceu em Minas Gerais já na época do ouro, com os poetas árcades Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa. Na literatura moderna, destacam-se os mineiros João Guimarães Rosa, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado, Murilo Rubião, Rubem Fonseca, Ziraldo, Pedro Nava, Murilo Mendes, Darcy Ribeiro, Roberto Drummond, Mário Palmério.

Sobre a Música
Minas Gerais tem uma rica tradição musical, desde o séc. XVIII, com a obra barroca de Lobo de Mesquita. A partir do século XIX, surgiram as bandas que hoje são um dos marcos de identidade cultural do Estado. Na primeira metade do século XX se destacam o samba, o chorinho e as marchinhas com os compositores Ary Barroso, Ataulfo Alves e Rômulo Pais. Belo Horizonte trouxe, nos anos 70, o movimento Clube da Esquina, cujas maiores influências eram a bossa nova e os Beatles. Também nessa época, Clara Nunes tornou-se conhecida como uma das maiores intérpretes de samba do país. Nos anos 80, a banda de heavy metal Sepultura tornou-se a primeira do Brasil a fazer sucesso no exterior, e a de heavy metal Sarcófago, uma das mais influentes mundialmente. Diversas bandas de pop rock surgiram em Minas nos anos 90, como Skank, Jota Quest, Pato Fu e Tianastácia. Recentemente, destacaram-se a cantora e compositora de MPB Ana Carolina.

Sobre as Artes Cênicas
Do final dos anos 1970 até hoje, Minas Gerais também passou a se destacar por seus grupos teatrais, de dança e teatro de bonecos. Entre eles, ganharam projeção o Grupo Corpo, Cia de Dança do Palácio das Artes, 1º Ato, grupos de teatro como o Galpão e o Espanca!, e de bonecos, o Grupo Giramundo e o Armatrux.

Folclore, artesanato, culinária
A religiosidade tem influência marcante nas principais manifestações culturais do povo mineiro, principalmente nas festas folclóricas. Além das tradicionais festas juninas e da Folia de Reis, destacam-se a Festa do Divino, o congado e a cavalhada. O artesanato está presente em diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em pedra-sabão, cerâmica, madeira e fibras vegetais. De Diamantina, são famosos os tapetes arraiolos, de Tiradentes destacam-se os objetos em prata, e da região do Vale do Jequitinhonha as peças em madeira e principalmente cerâmicas. Na cozinha mineira, a carne de porco é muito presente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha e o leitão a pururuca. Também são apreciados a vaca atolada, o feijão tropeiro com torresmo, lingüiça e couve, o frango ao molho pardo com angu de fubá e o frango com quiabo ensopado e arroz com pequi. São famosos os doces mineiros, especialmente o doce de leite, como o produzido em Viçosa, a goiabada, a ambrosia. O pão de queijo é uma das principais referências da cozinha mineira.

SERVIÇO: ESQUINA DE MINAS
Dia: 1º de junho, das 10h00 às 20h30
Local: Ao ar livre – Rua Minas Gerais - Higienópolis
Entrada Franca
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