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JOSÉ HUMBERTO HENRIQUES
José Humberto Henriques é um dos escritores mais originais da atualidade – em todos os sentidos que a palavra possa conceber. Embora seja médico reconhecido e professor atuante, Henriques dedica boa parte de seu tempo ao relacionamento com a Literatura, não só como criador, mas também como apreciador dessa Arte. Com 26 livros já publicados e mais de 100 outros volumes prontos, o escritor trabalha com todos os gêneros da Literatura: poesia, crônica, conto, novela, romance, dramaturgia e ensaio. Ganhador de cerca de 100 concursos literários nacionais e internacionais, o escritor mineiro parece ser o maior fenômeno do mundo da Literatura dos últimos tempos.
A obra de José Humberto Henriques é caracterizada, tal como nos é apresentada hoje, por um estilo próprio e dificilmente poderia ser comparada a outra obra de autor contemporâneo. Existe a preocupação do autor em corrigir-se sempre, a julgar-se pelo cinzelado que pode ser observado em cada livro novo que vai sendo mostrado.
Segundo ele mesmo admite, o primeiro livro de poesia, escrito aos 14 anos de idade, era um pastiche de Carlos Drummond de Andrade. Entretanto, com um tema de diversidade prosaica, que puxava para as bandas dos romancistas mais densos, como Mário Palmério e Guimarães Rosa. Não é difícil imaginar que isso seja realidade, embora a tensão entre a poesia de Drummond e a prosa dos outros dois seja uma linha de fácil observação, permanente.


Constelações e Porcos para o Comendador (2007)

Criar porcos soltos é a maior demonstração de desrespeito que alguém pode revelar aos que lhe convivem em vizinhança. É essa a idéia que percorre o livro, cujos sons e cheiros e tons parecem transbordar por entre as páginas. Porco criado solto é somente lambança e destruição, daí a prática ser proibida na pequena Meia Ponte. Enquanto se discute a mudança do nome da cidade para algum outro que seja mais sonoro e colorido, o comendador Joaquim Alves de Oliveira se mostra deveras entusiasmado com a idéia e tem a fama de ser o único na região a criar porcos soltos e permanecer impune.


O Gafanhoto e a Solidão (2007)

Este é o último trabalho de Henriques publicado sob a convenção do papel. Trata da história de um homem extremamente erudito, mas incapaz de suportar a convivência comum que a sociedade lhe traz. Por isso, desanda a buscar novidades onde elas não existem e existência onde não há novidades. O livro é extremamente pomposo do ponto de vista de estilo e considerado hermético por uma certa camada de leitores. O autor, entretanto, faz questão de afirmar que, uma vez iniciada a leitura, pode ser que ela não abandone o leitor até que se atinja um clímax de conluio entre as partes, da forma como seria o desejo de qualquer criador.

Fonte: http://www.jhhenriques.com.br




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