Vila de Patos

Você conhece Vila de Patos? Não? Então vá!
É um ótimo local de Repentes, cantorias, cordéis e afins! Tropeie no link aqui!
Segundo o dono do blog, Ernestaldo, também professor de filosofia, A Vila de Patos, na Paraíba, teria sido o local da peleja entre Ignacio da Catingueira e Romano da Mãe d'Água ocorrida em 1870. Dizem que esta foi a peleja fundadora de todas as pelejas.

E se tu se aprochegar bem nos vento do lugarejo, óia quanta coisa tu pode encontrar:
Motes: (clique nos links para download)
Edvaldo e Severino - Vitória verso e viola
Edival Pereira e Chico de Oliveira - As canções de nossas vidas
Valdir Teles e Fenelon Dantas, Zé Cardoso e Geraldo Amâncio - GRN 06
Titico Caetano e Raimundo Caetano - GRN 16
Terezinha e Lindinha - GRN 12
Moacir Laurentino e Zé Viola - GRN 04
Zé Vicente da Paraiba 2005 Viola e amigos

É claro que lá tem muito mais! Muito mesmo! Visite e dê suas boas vindas ao Ernestaldo que com muita dedicação faz uma bela seleção histórica da nossa cultura e música regional. Meus parabéns! E só pra dar um gostinho aqui, reproduzo um post na íntegra, relacionado a esta última faixa acima:

Zé Vicente da Paraiba 2005 Viola e amigos


Zé Vicente da Paraíba (nascido em Pocinhos, agosto de 1922) é uma daquelas figuras lendárias da cultura popular brasileira. Cantador de viola desde os anos 30, contemporâneo de outras lendas como os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otacílio, e Zé Limeira, para citar uns poucos nomes). Com 83 anos, morando em Altinho, longe das pelejas, muita gente imaginava que houvesse morrido. Pois não só não morreu, como continua com a memória mais afiada do que muitos cantadores jovens. Nos anos 70, Zé Vicente da Paraíba alcançou notoriedade por ter versos seus cantados por Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Marília Pêra. O seu Quanto é Grande o Autor da Natureza passou pela música de um bando de figurões da MPB, mas direitos autorais que é bom, cala-te boca! Zé Vicente da Paraíba ganhou muito pouco. Também pouca foi badalação entre essas estrelas. Em pouco tempo ele voltava à rotina, e ao desafio de viola.Assim como vários outros grandes artistas da cultura popular, Zé Vicente estava fadado a viver o resto da vida no ostracismo, já que não sai mais mundo afora com viola pronta para embalar seus versos afiados. Foi aí que Herbert Lucena encarou este desafio de registrar em disco, a poesia e as histórias do veterano cantador. Aliás, é bom ressaltar, foi Zé Vicente o primeiro violeiro a gravar um álbum de cantoria, isto há 50 anos, na extinta gravadora pernambucana Rozenblit.Zé Vicente da Paraíba, Viola e Amigos faz justiça ao cantador paraibano, em particular, e à cantoria de viola em geral. Lucena não se limitou a simplesmente registrar a voz e viola do repentista (como a grande maioria dos discos do gênero, inclusive do próprio Zé Vicente). Ele enriqueceu a música (música, sim, por que não?), do cantador com outros instrumentos, músicos, colegas de viola. Tornando este projeto pioneiro em disco-tributo a um cantador (eu, pelo menos, não conheço outro igual).Estão aqui reverenciando este gênio da poesia nordestina, repentistas como Raulino Silva, Rogério Meneses, Hipólito Moura, Antonio Lisboa, Edmilson Ferreira, Raimundo Caetano, Severino Feitosa e Daudete Bandeira, Oliveira de Panelas, bandas de pífanos, o forrozeiro Valdir Santos, o grande João do Pife, Tavares da Gaita, enfim, muita gente boa. Herbert Lucena divide com Zé Vicente da Paraíba a honra de cantar a antológica Quanto é Grande o Autor da Natureza, um improviso que virou referência perene da cantoria de viola. E prova do prestígio do velho cantador entre as novas gerações da viola é a homenagem que lhe presta a dupla de repentistas Raimundo Nonato e Nonato Costa, considerada a maior revelação da cantoria nos últimos vinte anos.Zé Vicente da Paraíba, Viola e Amigos, é um trabalho que aponta um novo caminho para popularizar os versos de repentistas em disco. Um achado de Herbert Lucena a redescoberta de Zé Vicente, e excelente o formato que encontrou para perpetuar o talento deste mestre de uma arte que é a cara do Nordeste. [Texto do encarte. Fonte: mundocordel]




Faixas:
01 depoimento 1
02 não posso mais ser vaqueiro
03 como combater a fome no Brasil
04 eu perdi no transporte da velhice a bagagem de minha mocidade
05 destino de vaqueiro
06 depoimento 2
07 a natureza e assim (como e grande o autor da natureza)
08 minha mãe
09 enriquece o juiz do poeta o cair de uma noite no sertão
10 em defesa do meio ambiente
11 depoimento 3
12 faça um canteiro no peito plante a semente do amor
13 compreensão e prudência congregam dois corações
14 a morte de Luiz Gonzaga
15 depoimento 4
16 casa velha de Sr Rubens em altinho
17 no tempo de pai tomas preto velho e pai Vicente
18 a morte da minha flor
19 lua da minha terra
20 a você mamãe
21 homenagem a Zé Vicente
22 depoimento 5


Divirtam-se pelo Vila de Patos!
Eu, pelo lado de cá, já estiquei a rede!
Uma preguiçinha boa, sô!
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