Paulista, direto para o Embu!



Um sábado entre livros, fotografias e viola. Se eu tivesse com o carro em ordem, teria ido ver a Kátya lá no sesc, e teria ido ouvir literatura de boa qualidade antes de seguir rumo para o Embu. Em troca, um passeio de metrô até a av. Paulista e um cafezinho lá na nova Livraria Cultura que fica no Conjunto Nacional. Gigante, linda, monumental. E o espaço para o café é um charme. Bom para a fantasmagoria de Paris: os cafés, os livros, as galerias, os museus. Bom para perder a noção do tempo, esquecer da vida e virar uma imagem fotográfica [e por falar nisso, a exposição de fotos da Magnum está lá no Caixa Cultural que também fica no Conjunto Nacional. Vale conferir, antes ou depois do cafezinho]. Um alguém preso num livro. Um pano de fundo, uma alegoria.

O telefone toca com o Zé Maria do outro lado. E dali 15 minutos o Giba nos buscaria para irmos ao Embu. Fomos. E mais uma vez foi um sábado animado ao som da viola.
Em agradecimento, o Giba mandou bem no e-mail:

Mais uma prova de que idéias boas com bons propósitos só podem dar certo. Uma vez mais o Armazém Mineiro, totalmente lotado, pode ver um show inesquecível de Ricardo Vignini e Zé Helder. O que estes moços estão fazendo com suas violas é simplesmente o máximo. Não bastasse o fato de serem instrumentistas virtuosos, sua criatividade e amor à arte nos proporcionaram momentos de tirar o fôlego, o público que saiu maravilhado e perguntando quando irão voltar! Eu só posso dizer que breve. Isto em uma noite chuvosa e fria, pra provar que boa arte e bom ambiente, reunidos, só podem criar uma fusão de energias boas que todos gostam. Pra completar a noite tivemos as canjas irretocáveis de Maria Dapaz, uma voz que dispensa elogios, do violeiro Milton Araujo, que nos fez relembrar sua tia Helena Meirelles com seu estilo Pantaneiro e ainda do violeiro Julio Santin, que entre outras coisas foi o Campeão do Prêmio Syngenta de Viola Intrumental de 2004. Precisa mais? Só posso agradecer em meu nome e da Eliana a noite maravilhosa que tivemos, e claro a todos os amigos que lotaram nossos cantinho, mesmo numa noite fria e garoenta!
Giba da Viola
Amigo da gente

Quando ele mandar as fotos deste povo todo, eu coloco por aqui. Fica a dívida, e a promessa. Enquanto elas não vêem, deixo um pouco da exposição da Magnum:









MAGNUM, TESTEMUNHA DA HISTÓRIA
Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de quatro fotojornalistas criou a agência fotográfica Magnum, a mais mítica e famosa do mundo. Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David 'Chim" Seymour e George Rodger exploraram uma dimensão humanística da imagem, apresentando uma revolução de linguagem e de procedimentos. A instituição foi organizada como uma cooperativa de fotógrafos independentes entre si, permitindo aos seus membros a liberdade para propor projetos individuais, o direito a posse de negativos, a edição e a assinatura dos ensaios. O sucesso da agência não está fixado no passado, mas resulta de um trabalho que se manteve íntegro às suas premissas no decorrer dos anos. Esse diferencial, que se demonstra imageticamente, é espelho de seus membros. De fato, pode-se dizer que seus integrantes mudaram a face do fotojornalismo, estabelecendo uma nova linguagem visual, contribuindo mundialmente para a construção de determinadas imagens mentais da História. O grupo não se restringiu à fotografia documental, conceituando-se, igualmente, em áreas como retrato, paisagem e moda.
João Kulcsár
Curador


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