
Passados mais de 30 anos, eis que me vejo com uma chácara (chacarazinha) próxima de Sorocaba, criando galinha, codorna, porco, o caseiro e sua próle. Ainda nesta época eu ouvia muita música americana e, no máximo, algumas mpbs. Passados mais alguns anos, meu amigo Yoshi e sua esposa Jane me levaram num barzinho escuro, estranho, para ouvir música regional, de viola (sabia lá eu o que era isso, achei até que fosse "sertanojo"). Logo de cara conheci o dono do lugar, amigo de Yoshi e cantor. Alto, muito alto, com um rabo de cavalo imenso e de chápeu. Não sei não, mas acho que foi amor a primeira vista (vejam bem, amor no bom sentido, de amizade). Então eu e minha esposa Lúcia Helena ficamos lá, aguardando para ouvir o tal cantor, enquanto o pessoal ia chegando: Rui e Sandra (um casal que eu havia conhecido dias antes), Giba, Sílvia e, lá pelas tantas, um tal de Zé Maria (este que escreve neste blog), o Alcides (ai que vergonha do Arcides) e a Josefina, a Marisa (esposa do cantor cabeludo), sei lá, tanta gente que nem lembro mais.
Depois de alguns uísques e umas cervejinhas, o show pra começar - grande apreensão pois eu nem conhecia direito viola, violão de 12 cordas ( prá que tantas?) - sobem no palco o cabeludo e sua esposa. Começam a fazer uma viagem por este mundão de Brasil, com umas músicas que eu até conhecia, outras que nunca tinha ouvido, alguns causos e, hora depois, quase no fim e eu já me rendendo ao prazer de ouvir aquele som, o cantor cabeludo toca uma música que eu conhecia, um instrumental TRENZINHO CAIPIRA, de Villa Lobos, na viola. Fiquei maravilhado, aí REALMENTE ME APAIXONEI por esse cantor cabeludo, hoje meu querido amigo Oswaldinho Viana, e sua esposa Marisa Viana. Me fizeram gostar de música de viola, violão de 12 cordas, e muito mais. Hoje, quando vejo a lua cheia, principalmente lá na minha chacrinha, ela parece diferente e logo me vem à mente uma música do primeiro cd da dupla: "lua como você esta bonita tá parecendo lamparina á querosene".
Depois tem mais.
Catito.